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Um grupo de profissionais da educação dos Estados Unidos decidiu abrir um processo contra o TikTok, YouTube e o Snapchat. A alegação é de que as empresas desenvolveram suas plataformas para serem viciantes e entregarem conteúdo prejudicial para as crianças. Assim, um dos objetivos da ação judicial é a de mudar a conduta das redes sociais perante os mais novos.

TikTok (Imagem: Pixabay / Antonbe)

O documento de 107 páginas foi movido na segunda-feira (13) por superintendentes de escolas e pelo Comitê de Educação do Condado de San Mateo na Califórnia. Nele, os advogados ressaltam no processo pontos como crise de saúde mental e o sistema agressivo de monetização dos apps das três marcas.

Indo mais a fundo, o texto apresenta o que chama de “alegações factuais”. O principal ponto que ele apresenta é que TikTok, YouTube e Snapchat empregam algoritmos manipulativos para, intencionalmente, prender a atenção de crianças e adolescentes. Além disso, as três plataformas contribuiriam com os problemas de saúde mentais dos quais os jovens estariam sofrendo.

Karin Swope, uma das advogadas que cuida do caso para a agência “Cotchett, Pitre and McCarthy LLP”, disse em uma declaração:

Para os jovens visados pelas empresas de redes sociais e para os adultos encarregados dos seus cuidados, os resultados têm sido desastrosos. O uso excessivo das plataformas das empresas YouTube, TikTok e Snap por crianças tornou-se onipresente. E agora, há mais crianças lutando com problemas de saúde mental do que nunca. O suicídio é agora a segunda principal causa de morte para os jovens.

YouTube não está bem visto pelos educadores da Califórnia (Imagem: NordWood / Unsplash)

Escolas da região sofreram danos

Além dos danos mentais aos mais jovens, o processo destaca que os colégios de San Mateo foram também prejudicados em suas instalações. Um dos argumentos dos advogados foca no desafio conhecido como “Devious Lick”, que surgiu em 2021.

Nele, os usuários recebiam a “missão” de vandalizar escolas, algo que provocou muita bagunça na época. Como resultado, em agosto do mesmo ano, o TikTok removeu qualquer menção à brincadeira de mau gosto, mas o estrago já tinha dado as caras.

Os problemas escolares não são apenas na estrutura. Nancy McGee, superintendente dos colégios de San Mateo, afirmou isso em uma declaração:

Todos os dias, as escolas estão lidando com as consequências, que incluem alunos distraídos, aumento de ausências, mais crianças diagnosticadas com TDAH e cyber-bullying que surge nas salas de aula.

Por fim, a ação pede para que as três empresas sejam levadas a um tribunal com júri. Algumas das punições são a compensação financeira e que a conduta dos Réus (TikTok, YouTube e Snapchat) seja constituída como um incômodo público sob Lei da Califórnia.

Jovens brasileiros também usam bastante as redes sociais

Enquanto o Snapchat não conseguiu obter um enorme sucesso em terras brasileiras, o YouTube e o TikTok se tornaram muito populares no dia a dia das pessoas.

Por exemplo: na pesquisa TIC Kids Online Brasil, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, o app chinês de vídeos curtos se mostrou o mais usado. Cerca de 34% dos entrevistados, entre 9 e 17 anos, afirmaram que preferem a plataforma.

Ademais, 88% das crianças usam alguma rede social. Dentre elas estão Instagram, YouTube e WhatsApp. Vale lembrar que no início de março, o TikTok anunciou um recurso para impor limite no tempo de uso para crianças e adolescentes.

Com informações: The Brunswick News.

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Fonte: tecnoblog.net/noticias/2023/03/17/tiktok-youtube-e-snapchat-sao-processados-por-educadores-nos-estados-unidos