Microsoft faz acordo com Nintendo que mantém jogos com paridade de conteúdo – Tecnoblog
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Nesta terça-feira (21), o presidente da Microsoft, Brad Smith, anunciou que a empresa assinou um contrato de 10 anos com a Nintendo para levar os jogos do Xbox aos jogadores da desenvolvedora japonesa. Embora já tivesse sido anunciada, a parceria foi fechada antes do esperado, e oficializada no mesmo dia em que a empresa enfrentará uma audiência com reguladores da União Europeia a respeito de sua compra da Activision Blizzard.
Call of Duty: Modern Warfare II (Imagem: Divulgação / Activision)
A notícia sobre o acordo entre as companhias veio a público ainda em dezembro, quando Phil Spencer, chefe da divisão do Xbox, falou sobre o assunto nas redes sociais. Na época, o contrato foi anunciado apenas como uma possibilidade, só de fato ocorrendo caso a Microsoft conseguisse finalizar a aquisição da Activision Blizzard.
A compra, desde então, enfrentou diversos questionamentos de órgãos reguladores antitruste, o que levou a Microsoft a adiantar o processo e fechar o acordo antes mesmo do previsto.
“Agora assinamos um contrato vinculativo de 10 anos para trazer jogos do Xbox para os jogadores da Nintendo. Isso é apenas parte do nosso compromisso de trazer jogos do Xbox e títulos da Activision como Call of Duty para mais jogadores em mais plataformas”, explicou Smith em seu perfil.
We’ve now signed a binding 10-year contract to bring Xbox games to Nintendo’s gamers. This is just part of our commitment to bring Xbox games and Activision titles like Call of Duty to more players on more platforms. pic.twitter.com/JmO0hzw1BO
— Brad Smith (@BradSmi) February 21, 2023
Ainda segundo o recado do executivo, os jogos compartilhados com a Nintendo chegarão no mesmo dia, com os mesmos recursos e paridade de conteúdo que o Xbox, de maneira que os jogadores de ambas as companhias poderão experimentar Call of Duty e outros games em pé de igualdade.
Call of Duty no Nintendo Switch
Embora o anúncio não especifique todos os jogos que fazem parte da parceria e nem os consoles nos quais eles estarão disponíveis, é de se supor que, muito em breve, Call of Duty estará presente no Nintendo Switch, dispositivo mais recente da desenvolvedora japonesa.
Lançado em 2017, o console portátil possui um poder de processamento relativamente mais baixo se comparado ao de computadores gamers e consoles mais recentes da Microsoft e Sony. O que, é claro, leva a questionamentos sobre como o game irá radar no dispositivo em questão e que tipo de experiência conseguirá passar aos seus jogadores.
Nintendo Switch (Imagem: Alvaro Reyes/Unsplash)
Microsoft enfrenta audiência com órgãos da UE
Para além do anúncio feito nesta manhã (21) pelo presidente da Microsoft, o dia de hoje é bastante importante para os rumos da empresa.
Nesta terça-feira (21), a companhia enfrentará uma audiência com os reguladores da União Europeia, um dos órgãos antitruste que expressaram preocupação com a aquisição da Activision Blizzard.
Neste encontro, devem estar presentes representantes da Microsoft, Activision, Sony, Google, Nvidia, Valve, Electronic Arts e Federação Europeia de Desenvolvedores de Jogos, além de outras figuras importantes da indústria.
Call of Duty: Modern Warfare Remastered (Imagem: Divulgação / Activision)
Além dos órgãos da UE, as organizações responsáveis do Reino Unido e dos Estados Unidos também contestaram a transação, devido as possíveis implicações que uma movimentação como essa representaria para a indústria.
A Sony, por sua vez, também expressou uma inquietação com a megafusão das empresas, levantando questionamentos sobre as consequências prejudiciais de concorrência para o mercado e a possibilidade da Microsoft deixar de disponibilizar Call of Duty no PlayStation.
Segundo a empresa de software, no entanto, isso seria “economicamente irracional”, o que a levou a oferecer um acordo vinculativo de três anos com a Sony, que rejeitou a proposta.
“Depois de quase 20 anos de Call of Duty no PlayStation, a proposta deles era inadequada em muitos níveis e não levava em conta o impacto em nossos jogadores. Queremos garantir que os jogadores do PlayStation continuem tendo a experiência de Call of Duty na mais alta qualidade, e a proposta da Microsoft mina esse princípio”, explicou o chefe do PlayStation, Jim Ryan, em um comunicado.
Com informações: The Verge e Gizmochina
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